A Auren Energia realizou, em novembro, a soltura de mais de 30 mil peixes nativos no rio Tietê, região de Macatuba (SP). A iniciativa faz parte do Programa de Manejo Pesqueiro da companhia, que visa a proteção da vida e a conservação de espécies de peixes nativas em rios do interior paulista, incluindo rios que compõem o reservatório da Usina Hidrelétrica de Bariri. Somente para este ciclo da Piracema, a companhia deu início à produção de 2,5 milhões de filhotes de peixes (alevinos) que deverão ser soltos nos reservatórios das hidrelétricas em operação nos rios Grande, Pardo e Tietê. Ainda neste ano, deverão ser soltos cerca de 150 mil peixes em ações de repovoamento.

“A Auren Energia tem um compromisso com o desenvolvimento sustentável das comunidades no entorno de seus empreendimentos. Acreditamos que é possível seguir gerando energia limpa e de fonte renovável com responsabilidade social e ambiental e este programa consegue unir estes dois conceitos. Ao garantirmos a conservação e a riqueza da fauna aquática, estamos contribuindo diretamente para a proteção do meio ambiente e para a subsistência de dezenas de famílias ribeirinhas”, destaca Odemberg Veronez, gerente de Sustentabilidade da companhia.

Os peixes soltos na região de Macatuba são das espécies Corimba e Pacu, produzidas na Estação de Hidrobiologia e Aquicultura implantada na UHE de Promissão (SP).

De acordo com Odemberg Veronez, as ações de soltura de alevinos seguem cronograma da companhia, baseado em critérios técnicos para direcionar a quantidade de peixes, os períodos dos anos e quais espécies devem ser soltas em cada região. O gerente esclarece que nem todos os reservatórios necessitam de soltura de peixes e que cada caso deve ser analisado individualmente, a partir de dados técnicos e científicos.

Programa de Repovoamento de Alevinos

Esse acompanhamento, assim como toda a ação de repovoamento de peixes, faz parte do Programa de Manejo Pesqueiro, em funcionamento há 25 anos, agora sob gestão da Auren Energia. Entre as ações de destaque do programa, está o Projeto de Produção e Repovoamento de peixes visando a proteção da vida aquática nos rios que integram as áreas de influência da companhia.

Para atender a este programa e garantir a soltura anual de milhares de peixes, a iniciativa conta com Estações de Hidrobiologia e Aquicultura implantadas nas usinas de Barra Bonita e Promissão, que somam uma capacidade de produção de 2,5 milhões de alevinos ao ano. Entre as espécies reproduzidas em cativeiro para repovoamento, estão: Curimbatá, Pacu-guaçu, Piapara, Dourado, Tabarana e Piracanjuba, sendo este último ameaçado de extinção em todo o Brasil, de acordo com o Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção, publicado pelo ICMBio.

“Temos muito orgulho de somar nosso conhecimento técnico e dar continuidade a este programa tão importante para a região. São vários profissionais de diversas áreas, investimento em novas tecnologias e pesquisas realizadas para garantir que este o programa seja referência na área de reprodução em cativeiro, visando não somente a sobrevivência dos filhotes após a soltura, mas que eles, depois de crescerem, possam contribuir com o aumento populacional e da diversidade genética dessas espécies nos rios”, completa o gerente de Sustentabilidade da companhia.

O trabalho inclui etapas que vão desde a escolha dos peixes reprodutores; inseminação; acasalamento assistido, coleta e seleção dos ovos; manejo dos alevinos por cerca de 90 dias (até que atinjam o tamanho mínimo de 10 centímetros), seleção dos alevinos prontos para serem soltos e transporte até o local desejado para a soltura.