Tragédia em Conchas reacende debate sobre conflitos familiares, violência e morosidade da Justiça

• 15/12/2025
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A tragédia registrada no último domingo, no município de Conchas, trouxe à tona de forma dramática uma antiga disputa familiar envolvendo a divisão de terras. O conflito envolvia o ex-vereador Emerson Féxina e seu pai, Virgílio Féxina, e teve como desfecho o assassinato do ex-parlamentar, fato que causou comoção e indignação em toda a cidade.

Nada justifica a violência, ainda mais quando ela ocorre no âmbito familiar. Um conflito entre pai e filho terminar de maneira tão brutal evidencia a gravidade da situação e o impacto devastador que disputas não resolvidas podem gerar, culminando em uma perda irreparável.

De acordo com informações preliminares apuradas, no dia do crime o pai teria contratado um terceiro para executar o próprio filho, motivado pela disputa pelas terras. O caso está sob investigação das autoridades policiais, que apuram as circunstâncias do crime e a responsabilidade dos envolvidos.

A disputa judicial pela posse da área se arrastava há anos, sem uma definição clara. Especialistas e membros da comunidade apontam que, caso a Justiça tivesse atuado de forma mais célere, com uma decisão definitiva sobre a divisão das terras, o conflito poderia ter sido contido antes de atingir esse nível extremo. A indefinição jurídica contribuiu para o agravamento das tensões e para a escalada do conflito.

Nos últimos meses, vídeos divulgados nas redes sociais já evidenciavam o clima de hostilidade entre pai e filho, com acusações públicas, discussões acaloradas e confrontos verbais, revelando um ambiente marcado pela revolta e pela ausência de uma solução institucional eficaz.

O caso levanta um debate necessário e urgente: até que ponto a lentidão do Judiciário contribui para o agravamento de conflitos familiares e patrimoniais? A falta de respostas rápidas e efetivas pode transformar disputas civis em episódios de violência extrema, com consequências trágicas.

A tragédia em Conchas serve como alerta e reforça a necessidade de decisões judiciais mais rápidas, especialmente em conflitos familiares prolongados, para evitar que desavenças se transformem em histórias marcadas pela dor, pela violência e por perdas irreparáveis.