Marido e sogra viram réus por morte de professora envenenada em Ribeirão Preto, SP

  • 03/07/2025
(Foto: Reprodução)
O médico Luiz Antonio Garnica e a mãe dele, Elizabete Arrabaça, serão julgados pelo feminicídio de Larissa Rodrigues. Justiça converteu prisão temporária dos dois em preventiva. Luiz Antônio Garnica, Larissa Rodrigues, Elizabete Arrabaça, Ribeirão Preto, SP Reprodução/g1 A Justiça tornou réus nesta quinta-feira (3) o médico Luiz Antonio Garnica e a mãe dele, Elizabete Arrabaça, pela morte da professora de pilates Larissa Rodrigues, envenenada em Ribeirão Preto (SP). O Ministério Público denunciou o marido e a sogra da vítima por feminicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da professora. Garnica ainda foi acusado por fraude processual, por ter alterado a cena do crime no dia em que Larissa foi encontrada morta no apartamento em que vivia com ele. Na decisão que tornou os dois réus, o juiz Sylvio Ribeiro de Souza Neto, da 2ª Vara do Júri e das Execuções Criminais, também converteu a prisão temporária deles em preventiva e determinou a quebra do sigilo bancário de Larissa, Garnica e Elizabete. “Os fatos estampados na denúncia acenam para premeditação em que, movidos por interesses financeiros e patrimoniais e por razões da condição do sexo feminino da vítima, o acusado, ciente do desejo da ofendida em se divorciar, manteve-a sob seu domínio, ameaçou que ceifaria a vida dela por meio de injeção letal e, ao mesmo tempo, arquitetou o término progressivo da vida dela mediante envenenamento; recebeu, para tanto, auxílio de sua mãe, a qual haveria obtido a confiança da vítima para concretização do intento criminoso, além de, uma vez alcançado, agido para inovar artificiosamente o estado de lugar e coisa, seja na busca de eliminar vestígios, seja criando álibi para subtração de suas responsabilidades aos fatos”, argumenta o magistrado. A previsão é que o julgamento ocorra em 2026, segundo o MP. O que dizem as defesas Em nota, os advogados Bruno Corrêa e João Pedro Soares Damasceno, que representam Elizabete, disseram que já esperavam a denúncia, mas reprovaram a decretação da prisão preventiva por não haver, segundo eles, razões que sustentem a medida. De acordo com a defesa, a idosa não oferece risco de fuga ou à ordem pública. “Procuraremos retomar a liberdade de nossa cliente através das ferramentas legais disponíveis, para que ela possa responder a essa acusação e, eventuais outras, como a lei determina, solta.” O advogado Júlio Mossin disse que a inocência de Garnica está comprovada nos autos. Segundo a defesa, a mãe do médico é a única responsável pelo crime e que ela agiu motivada pelo patrimônio do casal. A defesa também informou que vai impetrar um habeas corpus no tribunal. De morte à denúncia do MP: veja cronologia do caso Larissa Rodrigues Envenenamento aos poucos até dose letal O envenenamento por chumbinho, segundo a denúncia formalizada na última terça-feira (1º), foi progressivo, com doses diárias visando debilitar a vítima até causar a morte e dar a impressão que ela havia sofrido uma complicação decorrente de intoxicação crônica. “A Larissa foi sendo envenenada ao longo de 10, 15 dias, em doses menores. Mas naquela sexta-feira a Larissa manifestou desejo de já na segunda-feira procurar um advogado. Ali seria o final do relacionamento e a consequente partilha de bens comuns ao casal. A Elizabete vai até o apartamento e, lá, dá uma nova dose, presumimos, mais forte porque a Larissa vem a morrer na madrugada", diz o promotor do caso, Marcus Túlio Nicolino. De acordo com a investigação, no início de março, Larissa havia descoberto que o marido mantinha uma relação extraconjugal. A Polícia Civil e o Ministério Público concluíram que a professora começou a ser envenenada pela sogra a mando do filho para evitar uma partilha de bens. Tanto Garnica como Elizabete estavam endividados e tinham interesse em manter o patrimônio nas mãos do médico em caso do divórcio dele. Segundo o MP, em algumas ocasiões, Garnica chegou a buscar a sopa envenenada preparada pela mãe para oferecê-la à esposa. Além disso, ele medicou Larissa em pelo menos duas ocasiões com substâncias providenciadas pela mãe, sem que a vítima soubesse o que estava ingerindo. Na véspera da morte, Garnica entrou em contato com a mãe, que esteve no apartamento da nora por cerca de quatro horas. Larissa foi achada morta na manhã de 22 de março. O médico Luiz Antonio Garnica e a mãe, Elizabete Arrabaça ribeirão preto Arquivo pessoal Construção de álibi Segundo a polícia, o marido tentou construir um álibi, passando a noite na casa da amante. Antes da chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ao apartamento do casal pela manhã, quando ele retornou e encontrou a esposa caída no banheiro, Garnica enviou uma mensagem à amante dizendo que Larissa estava morta. A Promotoria destaca que o crime foi praticado por motivo torpe, impulsionado pelo desejo de Garnica de evitar a partilha de bens e de viver seu relacionamento com a amante, com a colaboração de Elizabete, que também tinha interesse financeiro na não divisão dos bens, principalmente um apartamento financiado pelo casal. A administração do veneno de forma dissimulada, aproveitando-se da confiança de Larissa e da ausência de testemunhas, dificultou a defesa da vítima, que sequer desconfiava das intenções da sogra. Ainda segundo o MP, Garnica fingiu emoção na chegada dos socorristas à casa do casal. Ele também limpou o apartamento na tentativa de eliminar provas. Conversas foram apagadas do celular dele, e o médico ainda fez pesquisas sobre como driblar a polícia em caso de apreensão do telefone. No celular de Elizabete, a polícia encontrou diversas pesquisas sobre o chumbinho. O MP classificou a mãe do médico como superprotetora e dissimulada, já que fingiu estar interessada no bem-estar da nora e passou a cuidar dela para ajudar o filho a matá-la sem levantar suspeitas. A professora de pilates Larissa Rodrigues morreu em Ribeirão Preto, SP, em março deste ano Arquivo pessoal Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão e Franca Vídeos: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região

FONTE: https://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2025/07/03/marido-e-sogra-viram-reus-por-morte-de-professora-envenenada-em-ribeirao-preto-sp.ghtml


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