Piracicaba amplia oferta da vacina contra febre amarela em cinco postos de saúde; veja locais
11/07/2025
(Foto: Reprodução) Segundo a prefeitura, ação é importante porque ocorrem confirmações de casos da febre amarela em cidades vizinhas, como São Pedro e Itirapina. Vacina contra a febre amarela
Prefeitura de Piracicaba
A Prefeitura de Piracicaba (SP) vai ampliar a oferta da vacina contra a febre amarela em cinco postos de saúde da cidade a partir de segunda-feira (14). Segundo a prefeitura, ação é importante porque ocorrem confirmações de casos da febre amarela em cidades vizinhas, como São Pedro e Itirapina.
A ampliação ocorre nos cinco postos de saúde abertos em horário estendido, das 17h às 20h, de segunda a sexta-feira: Unidades Básicas de Saúde (UBSs) Caxambu, Centro, Vila Rezende, Novo Horizonte e Parque Piracicaba.
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Vice-prefeito e secretário de Saúde, Sérgio Pacheco explicou que o período de maior ocorrência de casos humanos – período sazonal – vai de dezembro a maio, tendo a vacinação como a principal ferramenta de prevenção e controle da febre amarela.
“Desde 2019, o Estado ampliou a abrangência da vacinação. Desta forma, hoje, a vacina está disponível em todas as unidades de saúde de Atenção Básica do município, UBSs e USFs (exceto UBS Paulista), de segunda a sexta-feira, das 8h às 15h, além do horário noturno a partir da próxima semana”, informou.
Para receber a vacina, a pessoa deverá levar um documento de identificação com foto que tenha o número do CPF ou cartão SUS e a caderneta de vacinação (caso possua). O endereço com todas as unidades de vacinação estão disponíveis neste link.
Busca ativa
Carina Baron, gerente da Centro de Vigilância em Saúde (Cevisa), informou que, a partir de 26 de julho, as equipes da secretaria realizarão ações para intensificar a vacinação contra a febre amarela com atenção especial à população de zona rural.
“Entre as ações estão a vacinação extramuros, a busca ativa e vacinação de indivíduos não vacinados, por exemplo”, enfatizou.
Segundo Carina, é importante que todas as pessoas se vacinem, não somente quem irá viajar, contudo, as pessoas que vão se deslocar para áreas de mata, beira de rios, pesqueiros, fazer turismo ecológico, em localidades de circulação viral conhecida – em humanos ou em macacos – redobrem a atenção verificando suas carteiras de vacinação antes da viagem.
“Se não houver registro da vacina de febre amarela, precisam se vacinar com dez dias de antecedência da viagem para melhor proteção”, afirmou.
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Passos para receber o imunizante
Segundo o Ministério da Saúde, para receber o imunizante contra a febre amarela, a população deve seguir os seguintes passos:
Crianças que iniciaram o esquema antes de 5 anos de idade devem receber duas doses da vacina, sendo a primeira dose aos 9 meses e a segunda dose aos 4 anos de idade;
Pessoas que iniciaram o esquema depois dos 5 anos de idade devem receber uma única dose de vacina, por toda a vida;
Caso a pessoa tenha recebido apenas uma dose da vacina de febre amarela antes de completar 5 anos de idade, deverá receber um reforço.
Entenda a doença
A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, imunoprevenível, de evolução abrupta e gravidade variável, com elevada letalidade nas suas formas graves.
A doença é causada por um vírus transmitido por mosquitos, e possui dois ciclos de transmissão (urbano e silvestre).
No ciclo urbano, a transmissão ocorre a partir de vetores urbanos (Aedes aegypti) infectados. No ciclo silvestre, os transmissores são mosquitos com hábitos predominantemente silvestres, sendo os gêneros Haemagogus e Sabethes os mais importantes.
No ciclo silvestre, os primatas não humanos (PNHs) – macacos, por exemplo – são considerados os principais hospedeiros, amplificadores do vírus, e são vítimas da doença assim como o ser humano, que, nesse ciclo, apresenta-se como hospedeiro acidental.
É uma doença de notificação compulsória imediata, ou seja, todo evento suspeito (tanto morte de primatas não-humanos, quanto casos humanos com sintomatologia compatível) deve ser prontamente comunicado/notificado, em até 24 horas após a suspeita inicial, às autoridades locais competentes.
A orientação é que, caso a pessoa encontre um macaco morto, não toque no animal nem o enterre; evite que crianças, outros animais e curiosos se aproximem; comunique o CCZ pelo telefone (19) 3427-2400 e aguarde um técnico do serviço de saúde.
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